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Alavancagem financeira: o que é e como ajuda na expansão do negócio?


Alavancagem financeira: o que é e como ajuda na expansão do negócio?

Como gestor, você sabe que nem sempre é fácil conseguir os recursos necessários para investir na expansão dos negócios. Nessas horas, vários entraves surgem, impedindo o acesso ao crédito. Não por menos, é comum que muitas empresas recorram à alavancagem financeira para investir no seu crescimento.

No entanto, tal mecanismo, ainda que ajude na expansão do empreendimento, guarda uma série de riscos que precisam ser observados por quem quer fazer bom uso dele sem colocar em perigo a continuidade do empreendimento. Pensando nisso, neste conteúdo vamos explorar todos os meandros desse tipo de operação. Boa leitura!

O que é a alavancagem financeira?

Trata-se de uma operação pela qual o investidor ou o gestor de uma empresa aumenta seu potencial de rentabilidade ou lucro a partir de um valor maior do que ele efetivamente tem disponível. Normalmente, tal procedimento é feito com base numa operação de crédito.

Não entendeu? Calma, vamos explicar em outras palavras. Imagine qual a função de uma alavanca e em que situações você usaria uma. Quase sempre, essa ferramenta é utilizada quando se quer empregar mais força para completar determinada ação.

Ou seja, quando pensamos na alavancagem financeira, estamos nos referindo à prática de alguém que utiliza recursos externos (como dinheiro emprestado) para alcançar resultados melhores que seriam impossíveis sem essa ajuda.

Pense que você tem uma fábrica que, pelo bom trabalho desenvolvido, recebe mais pedidos a cada dia, superando a demanda de produção atualmente disponível. O que fazer para não perder oportunidades? Nesse cenário, o gestor do negócio procura crédito na praça e, com o dinheiro captado, amplia as instalações produtivas.

Assim, melhora-se o posicionamento para fazer frente às novas demandas para aproveitar as oportunidades que aparecerem. Mesmo com a dívida contratada, a administradora vai ampliar sua produção, faturar mais, pagar pelo dinheiro emprestado e ainda aumentar o lucro. Sem essa alavanca, talvez nada disso aconteceria.

É importante que o gestor conheça as diferenças entre alavancagem financeira e operacional. Enquanto a primeira envolve o investimento de recursos externos, geralmente captados a partir de operações de crédito, a segunda está intimamente ligada aos custos fixos de um negócio e de que forma eles são movimentados para aumentar o crescimento de um empreendimento.

A alavancagem operacional é adotada quase sempre por negócios em que esses valores são bastante pesados, principalmente quando comparados aos custos variáveis. Nesses cenários, os custos fixos assumem o papel de alavanca, fazendo empresas com intensa demanda deles aumentarem mais ainda o lucro operacional.

Num exemplo simplificado, um empreendimento que tenha um aumento de 25% nos negócios pode ter um incremento de 30% no lucro operacional. Isso porque os custos fixos representam despesas que não variam de acordo com o nível de produção ou o volume de vendas. No sentido oposto, os custos variáveis oscilam junto às receitas, indo para cima ou para baixo à medida que as vendas aumentas ou diminuem.

Dessa forma, a alavancagem operacional tem como objetivo fazer com que a produção ou as vendas gerem uma receita maior sem que seja necessário aumentar os custos fixos de forma relevante. Ao fim, a expectativa é alcançar um lucro maior.

Como fazer o cálculo do grau de alavancagem financeira?

Ainda que traga algumas vantagens, essa operação tem alguns riscos. Portanto, é importante acompanhar a evolução dos indicadores conforme a operação é desenvolvida. Para isso, existe o chamado Grau de Alavancagem Financeira (GAF), que, como o próprio nome indica, mensura o índice do empreendimento em determinado momento.

Grosso modo, o cálculo do GAF consiste na divisão do resultado do lucro antes dos juros e do imposto de renda pelo lucro anterior ao desconto do imposto de renda. Em outros termos, é calculado com a seguinte fórmula:

Lucro antes dos juros e do imposto de renda (EBIT) / lucro antes do imposto de renda (EBITDA)

O resultado será um índice que pode ser favorável, desfavorável ou nulo. Sempre que o cálculo indicar um GAF maior que 1,0, a alavancagem traz retornos positivos. Quando a conta apontar um resultado igual a 0, isso mostra que não há alavancagem ou que ela não está fazendo diferença. Por fim, se o GAF for menor do que 1,0, é sinal de que a operação não está dando retorno suficiente para cobrir o que foi investido.

Como controlar os riscos nesse tipo de operação?

Entre os principais riscos dentro de uma estratégia de investimento baseado em alavancagem financeira, estão:

  • ter despesas maiores que as receitas;
  • não arcar com os pagamentos relativos ao crédito contratado;
  • tornar a empresa menos atrativa para futuros investidores.

Antes de tomar a decisão de partir para a alavancagem, é fundamental considerar alguns aspectos para dimensionar com maior precisão os riscos aos quais a empesa estará exposta. Por isso, leve em conta:

  • o nível atual de endividamento;
  • os juros cobrados;
  • o lucro que pretende ser alcançar.

Existem algumas alternativas para quem planeja investir, mas não quer contrair dívidas para conduzir a operação ou vê nos juros praticados um entrave para isso: é comum que empresas interessadas em expandir suas atividades vendam ativos ou dividam o capital do negócio por meio da emissão de ações no mercado financeiro.

Esse processo é chamado de IPO (Initial Public Offering, na sigla em inglês, ou Oferta Pública Inicial em português) e transforma a empresa numa Sociedade Anônima (S/A) com ações negociadas em bolsa de valores. Se essa movimentação obtiver o sucesso esperado dentro de um bom planejamento, um volume considerável de recursos é injetado diretamente no caixa do negócio.

No entanto, vale ressaltar que, a partir do momento em que a empresa tem seu capital aberto, é preciso prestar contas de forma constante aos acionistas e dividir parte do lucro com eles, sob risco de ver as ações da empresa se desvalorizarem. Quando isso acontece, ela se torna menos atrativa para os demais investidores e vê o seu valor de mercado cair.

Considerado tudo isso, com uma análise cuidadosa sobre todos os riscos e dentro de um planejamento cuidadoso, a alavancagem financeira é um instrumento interessante para o crescimento de um negócio, sem que isso comprometa a saúde financeira a médio e longo prazo.

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