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O que é alocação de ativos? Saiba como fazer
24 de maio de 2022Tempo de leitura: 5 minCategoria: Mercado
Quem investe seu dinheiro, tem à disposição uma série de aplicações para fazer seus recursos crescerem à medida em que o tempo passa. Mas escolher quais são os melhores investimentos não é simples e equívocos nessa hora podem trazer perdas. Por essa razão, é fundamental conhecer o conceito de alocação de ativos e de que forma aplicá-lo.
Para entender como esse conceito afeta seus investimentos e de que forma o colocar em prática, continue com a leitura. Vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre esse termo e de que forma utilizá-lo adequadamente.
Qual a definição do conceito de alocação de ativos?
Na prática, a alocação de ativos é uma estratégia em que o investidor procura distribuir seus recursos de modo a equilibrar o risco a que ela está exposta, com o aumento das possibilidades de retorno e dentro daquilo que foi traçado nos seus objetivos.
Aqui, não custa explicar o que, afinal de contsa são ativos financeiros: eles são bens intangíveis como depósitos bancários, títulos financeiros ou ações que podem ser sacados ou negociados de acordo com regras do mercado. Alguns ativos também podem estar vinculados a bens tangíveis, como commodities.
Assim, uma estratégia de alocação de ativos passa por pegar seus recursos e distribuí-los por diferentes classes de aplicações financeira. Já ouviu falar daquela recomendação de “nunca colocar todos os ovos na mesma cesta”? Essa é a lógica aqui. Se alguma das aplicações trouxer prejuízos para o seu bolso, ele será diluído e pode até mesmo ser compensado por eventuais ganhos em outros investimentos.
Vale sempre reforçar que nenhuma aplicação financeira é isenta de riscos. Todas elas, em maior ou menor grau, podem não dar o retorno esperado, sem contar as possibilidade de desvalorização presentes em aplicações de renda variável.
Ao mesmo tempo, existe a variável do risco e retorno. Isso implica considerar que, em geral, aplicações financeiras com ativos mais voláteis e com maior exposição ao risco tendem a oferecer retornos melhores. Por outro lado, aplicações mais seguras oferecem retornos menores, embora sejam mais estáveis. Equilibrar essas variáveis está no centro de uma boa alocação de ativos, como vamos destacar no próximo tópico.
Quais as vantagens dessa prática?
Como você já deve ter percebido, um dos principais benefícios de uma boa alocação de ativos é a minimização de risco. Além disso, ela permite que o investidor potencialize seus ganhos, aumentando os retornos, principalmente se feita a comparação com investidores que não lançam mão de estratégias do tipo.
Mas claro que essa não é a única vantagem da alocação adequada de ativos. Além do equilíbrio entre risco e retorno, o investidor que toma esse tipo de atitude consegue economizar com taxas e outros custos inerentes a diferentes investimentos, uma vez que faz menos transações.
Isso também permite economizar tempo fazendo a gestão dos ativos, já que não será necessário se dedicar tanto par acompanhar a oscilação de cada um deles no mercado no dia a dia. Logo, a alocação dos ativos permite também que se foque no longo prazo.
Como fazer uma boa alocação de ativos?
Certo, agora você já sabe qual é o conceito de alocação de ativos, bem como entendeu que ele está relacionado, sobretudo, ao balanço entre risco e retorno. Mas como transpor isso para a prática na hora de definir cada investimento?
Antes de tudo, é preciso entender que não há uma receita de bolo para obter sucesso. Ou seja, uma estratégia de alocação que funciona para uma pessoa nem sempre funcionará para outra. Com isso, é incorreto dizer que existe uma estratégia de alocação ideal, já que essa definição precisa passar pela análise dos objetivos do investidor, bem como da avaliação de qual sua tolerância aos riscos.
É por isso que quase sempre a definição da estratégia de alocação de ativos passa primeiro pelo enquadramento do perfil do investidor. De forma resumida, é possível dividir os investidores em três grandes grupos: os conservadores, os moderados e os arrojados.
Não é difícil reconhecer cada perfil. Na média, quanto maior a tolerância ao risco e a até mesmo a eventuais perdas, mais arrojado o perfil do investidor. Em troca desses riscos maiores, os investidores mais arrojados buscam retornos melhores, enquanto aqueles mais conservadores privilegiam a segurança, mesmo que isso signifique chances de ganhos menores.
A partir desses perfis, é possível distribuir os recursos entre diferentes classes de investimento. O jeito mais comum de fazer isso é fazendo a divisão entre as opções de renda fixa e renda variável disponíveis no mercado.
Como você provavelmente já sabe, renda fixa são aqueles investimentos que oferecem um retorno combinado no momento da aplicação. Títulos do Tesouro Direto e CDBs são os exemplos mais conhecidos. Já aplicações em renda variável, tanto a cotação dos ativos quanto a rentabilidade obtida oscilam conforme as condições do mercado no período (é o caso das ações, por exemplo).
Com essas informações em mente, você pode dividir os percentuais dos ativos que deseja alocar em cada classe. É recomendado apostar na diversificação mesmo dentro de ativos da mesma classe, certo? Ou seja, se você vai aplicar 40% dos seus recursos em renda variável, faça isso distribuindo valores entre diferentes ações e fundos de investimento.
Feito isso, é hora de descansar? Errado. Embora a alocação de ativos permita que o acompanhamento das aplicações seja feito em intervalos maiores, é essencial periodicamente acompanhar o desempenho e fazer o rebalanceamento da distribuição para corrigir determinadas falhas, mitigar riscos que não haviam sido percebidos, ou mesmo aproveitar oportunidades que surjam. Quando os juros aumentam algumas opções de renda fixa se tornam mais atrativas, por exemplo.
Nesse meio tempo, reforce sempre o monitoramento de cada aplicação e continue aprofundando seu conhecimento sobre os diferentes tipos de investimentos e sobre a forma como o mercado funciona.
Entender o que é e como funciona uma estratégia de alocação de ativos é simples, mas é claro que isso não significa que aplicá-la de forma adequada não exija tempo. Por isso, não ignore a dedicação necessária para aprender sempre a respeito das melhores formas de investir seu dinheiro.
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