Pix offline: entenda como funcionará esse novo recurso
09 de novembro de 2021Tempo de leitura: 5 minCategoria: Economia
Desde a sua implementação, em novembro de 2020, o Pix já alterou consideravelmente o modo como pessoas e empresas movimentam dinheiro. Por permitir transferências instantâneas sem custos, essa ferramenta trouxe comodidade para os consumidores, ao mesmo tempo que permitiu que diferentes negócios oferecessem mais uma forma de pagamento.
No entanto, nem todos os recursos dessa nova ferramenta já foram implementados. Uma das funcionalidades que ainda está por vir é o Pix offline. Para entender melhor como essa opção vai funcionar, prossiga com a leitura.
Qual o objetivo do Pix Offline?
Até agosto de 2021, o Pix contou com quase 100 milhões de cadastrados, de acordo com dados do Banco Central, responsável pelo sistema. No mesmo mês, foram realizadas cerca de 815 milhões de transações do tipo. Ou seja, o Pix é um sucesso.
Mas, se você já usou essa forma de transferência, seja para receber ou enviar dinheiro, saiba que, para conseguir concretizar a operação, você deve ter em mãos um dispositivo conectado à internet.
Em muitos casos, esse pode ser um obstáculo, principalmente quando consideramos que o acesso à conexão é precário em muitas regiões do país, o que acaba excluindo uma fatia considerável de empresas e consumidores das possibilidades oferecidas pelas transferências instantâneas.
Como forma de contornar isso, o Banco Central anunciou, no final de junho, que o Pix contaria com uma opção para que as transferências fossem feitas de forma offline (ou seja, sem depender da conexão com a internet no momento da efetivação da transação)
Dessa maneira, o consumidor não precisará ter nas mãos um celular com internet para efetuar um pagamento, por exemplo. Isso ampliaria a versatilidade e a penetração do Pix em ainda mais camadas da população, fazendo com que ele seja ainda mais utilizado.
Como vai funcionar o Pix Offline?
Apesar do anúncio, o Banco Central não estabeleceu de forma definitiva como o Pix offline vai funcionar, uma vez que várias possibilidades estão sendo estudadas. Entre as alternativas em avaliação estão o QR Code Pagador o e o cartão Pix, que funcionaria com a tecnologia contacless, permitindo pagamentos por aproximação.
Na opção do QR Code Pagador, o consumidor geraria um QR Code, que seria lido pelo estabelecimento que quer receber os valores, informando os dados da transação. Com isso, quem recebe o pagamento faz uma espécie de “ponte”, entre a ferramenta de transferências e o consumidor offline.
Apesar de ser uma possibilidade, a alternativa com mais força no momento parece ser o cartão Pix, ainda que não se saiba se ele terá realmente esse nome. Estudos de avaliação desse recurso estão sendo feitos e ele foi mencionado em entrevista pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos.
Na prática, o cartão Pix permitiria pagamentos offline de forma similar ao que acontece com os cartões de transporte público utilizado em boa parte das grandes cidades brasileiras.
Logo, o consumidor teria à disposição um cartão que seria recarregado com os valores desejados e utilizado para os pagamentos e transferências escolhidos, até o saldo disponível se esgotar.
Se o saldo disponível não for utilizado até o final, ele poderia ser transferido de volta para a conta corrente do dono do cartão. A expectativa é que esses cartões contem com tecnologia que permitam o pagamento por aproximação, tornando a senha necessária apenas em caso de transferências de valores maiores.
Já há previsão para seu lançamento?
Até o momento, não há nenhuma data concreta sobre quando o Pix offline estará à disposição do público. Apesar disso, alguns indícios no cronograma de implementação da ferramenta sugerem que alguma novidade pode aparecer no mercado no último trimestre de 2021.
Seja quando for o lançamento, até lá uma série de dúvidas deverão ser respondidas pelo Banco Central: será possível, por exemplo, utilizar os cartões de crédito e débito atuais no pagamento de operações offline do Pix? Serão necessários mecanismos adicionais de segurança para esse tipo de transação?
Além disso, o Pix Offline, por enquanto, não dispensa que o recebedor das transferências esteja conectado à internet. Embora também seja uma possibilidade, essa funcionalidade exigiria soluções que não se sabe bem como funcionariam.
Em resumo, enquanto o Banco Central não divulgar em definitivo todas as especificações técnicas de como funcionaria o pix offline, só resta aos consumidores e empresas aguardar pelo anúncio das novidades, já que todas elas ainda estão em estudo.
No futuro, é esperado também que outras funcionalidades sejam adicionadas, como, por exemplo, o saque via Pix, o Pix Troco e o Pix Garantido, o que permitiria pagamentos parcelados por meio da ferramenta.
Quais cuidados deverão ser tomados?
Todas as operações feitas pelo Pix são revestidas de diversas camadas de segurança, incluindo criptografia e a necessidade de autenticação por parte dos usuários. Logo, é possível transferir e receber dinheiro de forma segura, o que se espera que também aconteça no pix offline.
Como já dissemos, não se sabe muito sobre como essa forma de transferência funcionará na prática, mas espera-se que ela mantenha o alto nível de segurança já oferecido pelo pix.
Ainda assim, alguns cuidados deverão ser mantidos, principalmente quando consideramos algumas brechas no comportamento do usuário que estão sendo exploradas por criminosos, para aplicar golpes dos mais diversos.
Com isso, a orientação sempre é ativar a autenticação em dois fatores no aplicativo do seu banco; tomar cuidado com as senhas, evitando combinações simples e não compartilhando com ninguém; e dar preferência ao uso da chave aleatória, em vez do CPF ou outro dado pessoal.
Outra dica valiosa é reduzir os limites disponíveis para tais transações. Em parte, o Banco Central já fez isso: desde o final de agosto de 2021, os consumidores e empresas conseguem fazer transações de, no máximo, R$ 1.000 no horário que vai das 20 horas às 6 da manhã.
Cada vez mais, o Pix ocupa um papel central na relação de todo mundo com o dinheiro, substituindo até mesmo as cédulas de papel. Com o Pix offline, a expectativa é que esse processo se intensifique, então é importante acompanhar de perto todas as atualizações a respeito desse assunto.
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