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Provisão para devedores duvidosos: o que é?


Provisão para devedores duvidosos: o que é?

Por mais que venda a prazo seja importante para ampliar as possibilidades de negócio, ela sempre embute o risco de inadimplência, por mais cuidados que sejam tomados na hora de analisar o cliente para qual será feita. Em níveis muito altos, a inadimplência na empresa pode comprometer a sua saúde financeira.

Assim, adotar algumas medidas que contribuam para reduzir a inadimplência é fundamental para melhorar os resultados do empreendimento. Entre esses métodos está a provisão para devedores duvidosos, também conhecida pela sigla PDD, que ajuda a empresa a lidar com o desfalque nas contas causados por aqueles que não honram seus compromissos. Para saber mais sobre ela, prossiga com a leitura.

O que é provisão para devedores duvidosos?

De acordo com os dicionários, um dos sentidos da palavra provisão diz ao acúmulo de determinado item para eventual uso no futuro. Assim, a provisão para devedores duvidosos é uma espécie de reserva financeira mantida por uma empresa para que ela possa recorrer em casos de inadimplência.

Essa conta dos valores que não serão recebidos conforme esperado também é conhecida por duas outras formas, mais longas e complexas: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ou Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD).

Essa mudança ocorreu nos últimos anos, quando o Brasil adotou normas internacionais de contabilidade, o que fez com que a nomenclatura fosse alterada. De qualquer forma, o setor de contabilidade do seu negócio deve estar preparado para lidar com ambos os termos.

O PDD é calculado com base nos dados fornecidos por diversos setores de um negócio, sempre no início de cada exercício, sendo que existem duas formas básicas de obter esse número: por meio de uma estimativa ou por meio de perdas incorridas.

O cálculo do PDD, que considera o número a partir de uma estimativa, leva em conta três aspectos básicos para chegar ao valor que precisa ser provisionado para suprir o índice de inadimplência. São eles: o atual saldo individual de cada cliente, a média de inadimplentes nos anos anteriores e débitos que existam garantias de recebimento.

Já o método que considera as perdas incorridas para chegar ao número da PDD inclui apenas os débitos que não serão recuperados em um curto espaço de tempo, ou que provavelmente já foram perdidos de maneira definitiva. Entre eles estão aqueles cuja cobrança foi enviada para ser feita pelo cartório ou para débitos que o inadimplente já tenha decretado falência.

Não vamos nos ater a esse detalhe, mas instituições financeiras têm regras próprias para obter o seu PDD. Elas devem seguir as regras estabelecidas pelo Banco Central, conforme resolução que regulamenta as atividades do setor na hora de conceder crédito.

Como ela deve ser utilizada?

Vamos a um exemplo que ajuda a entender como funciona o PDD. Imagine uma empresa que estima vender R$ 200 mil no ano que começará. Junto a essa definição, os integrantes da equipe de finanças observaram que, nos anos anteriores, a média de inadimplência foi de 10% de todos as vendas feitas.

Assim, será lançada no balanço a expectativa de faturamento de R$ 200 mil reais, sendo que 10% desse valor (ou seja, R$ 20 mil) será incluído na provisão para devedores duvidosos.

No entanto, é sempre bom destacar que esse valor é uma expectativa, que pode ou não se concretizar. Dessa forma, os valores sobre o que efetivamente aconteceu devem ser incluídos no balanço quando o ano terminar.

Além disso, o setor de contabilidade deve ficar atento à maneira como o cálculo do PDD afeta na declaração de imposto de renda de pessoa jurídica. As empresas que adotam como base de cálculo o lucro real podem incluir as provisões entre as deduções na hora de enviar a declaração.

O mesmo não acontece com aquelas empresas que optam pelo lucro presumido ou por fazer o Simples Nacional, que não devem incluir isso entre as deduções.

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Quais são as vantagens de utilizar a provisão para devedores duvidosos?

O PDD é uma ferramenta essencial para o planejamento financeiro de qualquer empresa, já que a inadimplência tem o potencial de comprometer as contas de um negócio. Portanto, confira algumas das vantagens em incluir esse cálculo no seu planejamento.

Redução do impacto da inadimplência

O PDD, por si só, não pode diminuir a inadimplência, mas é uma ótima forma de reduzir seus efeitos negativos sobre a atividade do negócio. Com o cálculo feito, a empresa terá uma espécie de “colchão”, que absorverá boa parte do impacto dos valores que não entrarem na conta por causa da falta de pagamento de uma parcela dos clientes.

Em contrapartida, é importante que sejam tomadas medidas para reduzir o número de inadimplentes, o que reduz a necessidade de utilizar todo o valor provisionado no balancete e aumenta o faturamento.

Entre boas medidas para reduzir a inadimplência está uma análise mais criteriosa para conceder crédito, incluindo a avaliação do histórico e do perfil de cada cliente, incentivo a pagamentos à vista ou por meio de cartão de crédito e o acompanhamento de perto de todos aqueles que estão em aberto.

Maior assertividade na gestão do fluxo de caixa

O PDD também auxilia na gestão do fluxo de caixa, que é o cálculo que projeta todas as entradas e saídas de recursos de uma empresa em determinado período. Esse controle é importante para que não falte dinheiro para fazer frente as obrigações comuns a qualquer negócio, como pagamento de salários e demais despesas fixas.

Com a previsão de quanto será necessário arcar devido aos inadimplentes calculada, a conta do fluxo de caixa não terá surpresas com esse custo extra, facilitando a administração do empreendimento.

Colaboração com a saúde financeira da empresa

Uma vez que qualquer negócio está sujeito a ter que lidar com a inadimplência, todos eles devem usufruir de ferramentas e métodos que as ajudem a se preparar para tratar tal situação, sem que isso comprometa sua saúde financeira.

Diante do que foi demonstrado ao longo deste texto, a provisão de devedores duvidosos se mostra indispensável para a manutenção da saúde financeira da empresa, devendo fazer parte do planejamento sempre. Dessa forma, esperamos que as informações trazidas tenham sido suficientes para demonstrar a importância de aplicar esse conceito.

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