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Como Reduzir a Inadimplência com Pequenas Mudanças na Gestão


Como Reduzir a Inadimplência com Pequenas Mudanças na Gestão

Mesmo nos momentos em que a economia vai bem e o volume de vendas cresce, a inadimplência ainda é uma preocupação para quem administra um negócio.

Logo, o controle do número de inadimplentes se torna um dos maiores desafios por trás da gestão financeira de um empreendimento. Sem esse cuidado, a continuidade do negócio pode ficar comprometida diante de um volume muito grande de contas em atraso. Por isso, veja como evitar esse cenário e reduzir a inadimplência com as pequenas mudanças listadas no texto. Boa leitura!

Consulte os serviços de proteção ao crédito

A consulta aos serviços de proteção ao crédito é a atitude mais comum para evitar a inadimplência. Esses serviços disponibilizam enormes bancos de dados com informações sobre as relações de crédito e consumo dos consumidores, o que inclui pagamentos atrasados e protestos, que podem acarretar restrição ao CPF.

A partir de uma consulta a esses dados, é possível estimar quais as chances de o consumidor em questão honrar ou não os pagamentos com base em seu comportamento prévio.

Em conjunto com o cadastro de maus pagadores, algumas empresas do ramo mantêm serviços de cadastro positivo ou de medição do chamado score de crédito, que listam e quantificam os bons hábitos de pagamento. Quanto maior o score, maior a confiança de que o cliente pagará em dia suas contas e menor a hipótese de calote.

Verifique o histórico do cliente

Além dos dados fornecidos pelos serviços de proteção ao crédito, é importante que cada empresa conte com suas próprias informações e, com isso, tenha sempre à mão o histórico de todos os clientes com que mantém relacionamento.

O ideal é que essas informações sejam gerenciadas por meio de softwares e sistemas automatizados, para que essa análise seja feita de forma rápida e os dados estejam sempre atualizados. Isso poupa tempo e evita erros na avaliação.

O cruzamento de todos os dados (obtidos de fontes tanto internas quanto externas), dimensiona qual o risco de inadimplência daquela operação e oferece subsídios para que a venda do produto ou prestação do serviço seja feita. A recomendação é que haja parâmetros estabelecidos para definir quais perfis serão aceitos e quais serão rejeitados após a análise.

Além de rejeitar os consumidores com alto risco de inadimplência, a consulta ao histórico permite que sejam oferecidas vantagens ou melhores condições para clientes com bom relacionamento. Esses benefícios podem ser concedidos na forma de descontos para compras feitas à vista, taxas de juros menores ou prazos mais alongados para o pagamento.

Nunca faça negócios sem nota fiscal

Toda transação deve ser formalizada. Parece óbvio, mas, além de ilegal, ao comercializar um produto ou prestar um serviço sem a emissão da nota fiscal, a empresa está assumindo outro risco.

Afinal, sem esse registro, será muito difícil comprovar qualquer caso de inadimplência, já que não haverá prova documental de que aquela transação foi realmente realizada. Dessa forma, se tornará bem complicado exigir qualquer pagamento caso seja necessário recorrer à Justiça para recuperar valores perdidos em decorrência do calote.

Implemente um sistema de cobrança

Nem sempre os cuidados para prevenir a inadimplência serão efetivos, e continuarão a existir consumidores incapazes de honrar seus compromissos, por diversas razões.

Portanto, junto dos métodos de prevenção, é importante implementar um sistema de cobrança que consiga atuar para reverter os débitos em atraso. Bons sistemas de cobrança unem recursos tecnológicos eficientes e profissionais capacitados para realizar essa tarefa.

Nesse momento, um negócio pode optar tanto pela implementação de um setor interno específico, que será responsável por conduzir os processos de cobrança, ou transferir essa responsabilidade, terceirizando-a para empresas capacitadas nesse tipo de serviço.

Régua de cobrança

Um aspecto fundamental de um sistema do tipo é a chamada régua de cobrança, um instrumento que serve como medida para determinar quais serão os prazos e os meios utilizados para efetuar a cobrança de um cliente com débitos em aberto ou mesmos prestes a vencer.

As escalas dessa régua variam de acordo com a forma de pagamento. No caso de pagamentos feitos por meio de boleto bancário, o ideal é que o cliente seja lembrado (via e-mail ou mensagem de texto) alguns dias antes do vencimento.

Desse modo, ele tem o tempo hábil para providenciar o boleto caso ainda não tenha recebido. Já quando o método de cobrança é o cartão de crédito, tais avisos devem ser enviados quando houver algum problema no pagamento.

Mas seja qual for a forma de pagamento, após constatado o atraso, os alertas devem ir se intensificando progressivamente e incluindo novos meios de comunicação. Nos casos em que as dívidas atinjam prazos maiores (a partir de 30 dias, por exemplo), cartas, telefonemas ou notificações extrajudiciais tornam-se mais efetivos para realizar a cobrança.

Dependendo do serviço ou produto comercializado pela empresa, é preciso estabelecer um prazo para interrupção do fornecimento ou acesso àquilo que foi contratado, em caso de atraso. Além disso, deve haver um sistema fácil para a substituição de forma de pagamento ou atualização de boletos vencidos.

Saiba negociar

Por maiores que sejam os cuidados preventivos, a inadimplência continuará existindo. Portanto, dentro das estratégias de cobrança, devem também estar listados quais serão os referenciais para a negociação dos valores em atraso. Saber negociar minimiza os prejuízos causados pela inadimplência e ajuda na manutenção de um bom relacionamento com o cliente.

Para isso, defina grupos de inadimplentes, para concentrar esforços naqueles com mais chances de reverter a situação. Muitos que estão com as contas em atraso estão atravessando momentos de dificuldade e certamente farão a regularização assim que puderem, enquanto outros apenas esquecem a data de vencimento.

Em seguida, entre em contato (seguindo o indicado no tópico anterior) e proponha condições para a quitação do débito, sempre com educação e de acordo com o que prevê a legislação. Se isso não funcionar após algumas tentativas, será necessário acionar as medidas extrajudiciais ou mesmo judiciais.

O Brasil terminou 2018 com mais de 63 milhões de pessoas com contas em atraso e o nome restrito para novas compras parceladas e a contratação de crédito. Um contingente tão grande de consumidores com débitos em aberto impacta a economia como um todo, o que se reflete nas empresas, que têm mais dificuldade em fechar no verde. Logo, trabalhar para reduzir a inadimplência é investir na prosperidade do negócio.

Conhece alguém que esteja sofrendo com a inadimplência em seu empreendimento? Então que tal compartilhar este texto nas suas redes sociais para ajudá-lo?