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Tendência do mercado financeiro: o que vem para os próximos anos?


Tendência do mercado financeiro: o que vem para os próximos anos?

Responda rápido: você sabe dizer qual a tendência do mercado financeiro que deverá predominar nos próximos anos? Se respondeu várias, então está no caminho certo para entrar com o pé direito no ramo de investimentos, gestão de cobrança e compliance.

Uma boa referência para entender o contexto com o qual devemos lidar daqui para frente é o relatório Temas financeiros: O futuro da função de finanças da PwC. De acordo com ele, os melhores times de finanças gastaram 17% menos tempo para coletar dados. Em contrapartida, levam 25% mais tempo em sua análise na comparação com setores considerados tradicionais. 

Esses resultados foram alcançados porque os profissionais estão 100% antenados em conceitos de vanguarda como Big Data e Business Intelligence, entre outros. Os principais deles serão abordados neste artigo, então fique por aqui para saber ainda mais.

Computação cognitiva

A inovação tecnológica aplicada ao mercado financeiro é responsável por realizar pequenos milagres. Nesse caso, a computação cognitiva é um ótimo exemplo de aplicação dos conceitos de Inteligência Artificial e Machine Learning no ramo de investimentos.

Provavelmente, você sabe como as instituições financeiras trabalham ao orientar clientes para os investimentos mais adequados ao seu perfil. De forma resumida, o que se faz é sugerir um questionário com perguntas-chave sobre aplicações financeiras. Dependendo das respostas, o banco aponta para um perfil conservador, moderado ou arrojado, considerando a disposição para assumir riscos.

Na computação cognitiva, não só essa análise de perfil é feita, como todo um acompanhamento virtual, orientando sobre as melhores opções de investimento. No caso, um software recolhe os dados da pessoa e, com base nisso, direciona para as aplicações dentro de seu perfil.

Projeção de inflação e de crescimento econômico

Em um mundo no qual as pessoas estão sempre on-line, dados de relatórios internacionais, decisões de governo e relatórios de agências de risco são indispensáveis para tomar decisões. Entre esses dados, é consenso que, nos próximos anos, as projeções de inflação e de crescimento econômico devem ganhar ainda mais relevância. 

Não chega a ser exatamente uma novidade, não? Acontece que, com a massificação da comunicação instantânea e da Internet das Coisas (IoT), os impactos dessas projeções deverão ser sentidos muito mais rapidamente. 

Empresas e investidores que trabalham a partir de dados sabem o peso que eles exercem sobre os mercados. Por isso, a tendência é a de que os efeitos gerados pelo teor desses relatórios tenham prazos sejam sentidos quase instantaneamente.

Inteligência exponencial

O conceito de inteligência exponencial trata da capacidade que as máquinas têm de gerir seu próprio aprendizado e, a partir disso, oferecer soluções e alternativas.

Esse é um conceito criado por Klaus M. Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, segundo o qual tecnologias como AI e Machine Learning, típicas da Indústria 4.0, evoluem em velocidade exponencial. Isso quer dizer que os computadores desenvolvidos dessa forma contam com um poder de processar informação e de aprender muito maior do que qualquer ser humano. 

Claro que essa tendência não significa que as pessoas não são mais importantes, até porque máquinas não decidem nada. Na verdade, o avanço consiste em utilizar a informática como nunca se viu antes, em função do maior poder de processar e interpretar dados dos computadores modernos. 

Descentralização do mercado financeiro

As tecnologias digitais estão provocando mudanças em escala exponencial, inclusive redefinindo os papéis de governos e instituições centenárias. O mercado financeiro, nesse aspecto, deve vivenciar nos próximos anos uma nova fase, na qual os órgãos reguladores como as casas da moeda perderão espaço.

Isso já até está acontecendo, já que o mercado de criptomoedas como Bitcoin e Litecoin operam totalmente à parte do sistema financeiro tradicional. Elas são produzidas ou mineradas a partir da Blockchain, também chamada de “cadeia de confiança”.

Embora a ideia de um mercado sem órgãos regulatórios possa parecer estranha, na verdade o que tem sido verificado são operações totalmente seguras. Isso, claro, desde que o investidor ou o profissional de finanças opere com empresas sérias, já que, na blockchain, não há espaço para fraude.

Prop trading

Assim como as fintechs revolucionaram os serviços financeiros tradicionais, as chamadas prop trading firms prometem, nos próximos anos, mudar a forma de investir. Nelas, parte do capital é reinvestido em ativos financeiros por meio de traders, pessoas recrutadas para fazer aplicações e multiplicar o capital da empresa.

Trata-se de um modelo vantajoso para o empreendimento por agregar conhecimento em grande escala e, para o trader, é uma oportunidade de ficar íntimo do mercado. Tudo isso gera lucro para a prop trading e, claro, para quem presta os serviços.

O sistema funciona como um trabalho comissionado, no qual o negócio pode reter até 60% dos lucros que o trader auferir em suas negociações.

Bitcoin

Uma tendência do mercado financeiro que também já é uma realidade é o mercado de criptomoedas, das quais a mais conhecida é a Bitcoin. Negociada pela blockchain, essa moeda eletrônica promete lucros elevados, já que a sua cotação em relação às moedas tradicionais é sempre elevada. Um Bitcoin, hoje, vale cerca de 6.400 euros ou 29 mil reais.

De qualquer forma, por ser um mercado relativamente recente, vale ter cuidado na hora de escolher a empresa responsável por intermediar as negociações. Isso porque existem muitas que praticam scam, espécie de fraude virtual na qual as pessoas são induzidas a investir sem receber nada em troca.

Dark analytics

Negócios mais amadurecidos digitalmente já estão usando a chamada Deep Web como fonte complementar de dados em suas análises de mercado. Ou seja, além do Big Data, elas se valem da imensa quantidade de informação gerada e não utilizada, conhecida como Dark Data. 

O aproveitamento desse enorme volume de informação, o Dark Analytics, cuida justamente de estruturar esses dados “ocultos”. No caso, eles deixam de ser utilizados ou por incapacidade das empresas ou por falta de ferramentas. Portanto, negócios capazes de fazer Dark Analytics terão no futuro próximo um tremendo diferencial competitivo em mãos. 

Essa é uma tendência do mercado financeiro a ser observada com bastante atenção, no entanto muitas outras devem surgir. Afinal, o mundo hoje é VICA — Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo — e nele as coisas mudam em um ritmo vertiginoso.

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